sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Fragilidade Do Amor



Desculpas não te dou, existe um muro
Distância a vedar a tua face
No tempo há de ruir o doce enlace
Memória se fará em esconjuro.

Quisera fosse o amor, raro brilhante
Imaterial sem face, cor, olor.
Que resistisse ao tempo sem rompante
Sobrevivesse sem se decompor.

Quisera, mas é coisa frágil, pura
Que até conversa boba o macula
E some feito coelho na cartola.

Dengoso, uma piada não atura
Se for para ficar, até se imola
Mas longe, em seu desterro, passa a bola!


ANA MARIA GAZZANEO
SÃO PAULO
BRASIL



Um comentário:

  1. Ana Maria, que prazer vc me deu em aparecer no meu cantinho (um deles). Obrigado. Excelente este seu soneto inglês. Um pouquinho irônico, sim, mas não senti amargura nele não. Parabéns, poetisa! um beijo e boa semana. André (ex-Daniel)

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