quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Olhar fatal





Passo por ti tão isenta
Que me espanta a ousadia
Se o quisesse poderia
Roubar teus ais, se me intenta...

Os meus, castrados, lhe nego
Passo a segurar meu riso
O meu andar no impreciso
Dizem do meu desapego...

Depois, são outras conversas...
Riso bobo e a sensação
De real taquicardia...

A minha fala dispersa
Retrata-me assim imersa
Nesse mar de alegria.


ANA MARIA GAZZANEO
Bragança Paulista
São Paulo




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